Os 12 sindicatos rurais que fazem parte da Regional 12 estarão reunidos na quarta-feira, dia 29, a partir das 9 horas, na sede do Sindicato Rural de São Luiz Gonzaga. O tema central do encontro será a formação de uma mobilização regional em busca de apoio e políticas públicas em defesa do agronegócio, que sofre impactos de mais uma estiagem. A Região das Missões é mais afetada pela seca em todo o Rio Grande do Sul.
A informação foi divulgada pela presidente do Sindicato Rural de São Luiz Gonzaga, Margareth Costa Beber, em entrevista concedida nesta segunda-feira, dia 27, ao programa Jornal da Manhã. “Temos de agradecer a chuva, mas as perdas já são irreversíveis. A perspectiva de chuvas mais regulares e abrangentes para fevereiro renova a esperança, principalmente para que os 11 mil hectares de milho possam render e fazer a diferença para nossos produtores”, afirmou Margareth. “Temos perdas de 50% a 100% dependendo da cultura e esperamos que o clima se normalize e consigamos salvar o que foi plantado. Não podemos abandonar porque são lavouras quase todas financiadas, com compromissos assumidos pelos nossos agricultores”, destacou a presidente.
Ela ressaltou também que só a emissão dos decretos de Situação de Emergência não faz diferença. “Temos todo o diagnóstico, que foi enviado junto ao processo à Defesa Civil e depois ao Estado. Hoje a grande preocupação é como fica a situação econômica da sociedade, principalmente do nosso produtor. Viemos de três safras frustradas e estamos entrando na quarta enfrentando a estiagem. São três anos de dívidas prorrogadas nas instituições financeiras, o que vira uma bola de neve. O produtor tem de ir no seu banco para ver como ficarão esses compromissos, que dependem da forma de financiamento, se Pronaf, se crédito ou outro meio, pois variam os juros e condições.” Margareth Costa Beber destacou que as Missões são a região mais afetada e precisa de ações para atender os produtores. “Na quarta-feira, vamos nos reunir para montar um processo único em cima dos decretos de Emergência, com todo os dados de cada município, para reivindicar atenção e ações efetivas.”