Na última década do século ado, surgiu um movimento que mobilizou várias cidades gaúchas, tendo como objetivo promover o surgimento de novos negócios e fortalecer os existentes. Essa ideia foi muito bem recebida em São Luiz Gonzaga. Entidades, como foi o caso da Associação Comercial e Industrial (ACI), colocaram a sua estrutura funcional em favor desse projeto. A divulgação foi feita através dos meios de comunicação de nossa cidade – emissoras de rádio e jornais – o que determinou o surgimento espontâneo de empreendedores e líderes comunitários, dispostos a assumir esse projeto.
Uma assembleia foi realizada no salão de atos da ACI, para inicialmente aprovar ação no sentido de identificar todos aqueles que estavam dispostos a contribuir com uma cota de R$ 250,00, pagável em prestações mensais. Exatamente 300 conterrâneos apresentaram-se espontaneamente para serem acionistas da empresa. Toda essa adesão decorreu do entusiasmo em torno de um projeto que poderia ser alavanca para o surgimentode novas lojas, prestadoras de serviços, pequenas indústrias e, especialmente, financiar capital para quem desejava crescer com negócios já existentes. É importante destacar que esse movimento teve o apoio, também, de são-luizenses radicados em Porto Alegre, que se reúnem na primeira terça-feira de cada mês. A maioria se tornou sócio da Salusa.
O objetivo era dar um impulso no empreendedorismo em São Luiz Gonzaga, sem o objetivo de recolher lucros futuros a serem distribuídos aos sócios. A paixão pela nossa cidade determinava o entusiasmo dos sócios da entidade que congregava os são-luizenses radicados em Porto Alegre.
Líderes estaduais desse movimento foram convidados para visitarem São Luiz Gonzaga, a fim de informarem sobre ações que já estavam ocorrendo em várias cidades gaúchas, o que serviu para confirmar a boa condução do projeto em nossa cidade.
Com o quadro social formado, foi então criada a empresa, que ganhou o nome de São Luiz Participações S/A, posteriormente ganhando a denominação de “Salusa Participações S/C”. Isso ocorreu em janeiro de 2000.
A última diretoria executiva foi formada por José Grisolia Filho (presidente), Paulo Sérgio Trauer (secretário executivo) e o contador Cirino Calistrato Rebello.
Esses dirigentes perceberam que nos anos mais recentes, a Salusa não era mais solicitada em busca de recursos para fortalecer seu capital de giro e aquisição de máquinas e matéria prima. A rede bancária tinha mais capital e programas de incentivo para atender as empresas e empresários que desejavam crescer. Esse ganho de espaço foi se tornando cada vez maior, provocando o encerramento desse movimento que chegou a empolgar várias cidades gaúchas.
Foi, então, que a diretoria da Salusa decidiu chamar os associados através de uma assembleia geral, para definir o futuro da empresa. Um pequeno número de sócios se fez presente, que definiu a seguinte solução: promover o encerramento das atividades da empresa e devolver as cotas de capital a todos os sócios, com a alternativa de destinar esses valores para uma obra social da cidade. A escolha foi o Lar Escola Nossa Senhora Conquistadora. Pequeno número de sócios buscou de volta sua participação nessa sociedade, o que determinou a destinação de apreciável saldo financeiro ao Lar Escola.
A diretoria da Salusa fará o anúncio desse ree nos próximos dias, mas podemos adiantar que se trata de um recurso significativo, para ser aplicado em ações em favor da formação dos guris, gurias e jovens atendidos no Lar Escola para o exercício de profissões e habilidades funcionais.
Nesse ato final, a Salusa voltou sua atenção para os jovens atendidos no Lar Escola, uma instituição respeitável, obra social com mais de 60 anos presente em São Luiz Gonzaga.
Fonte: divulgação/José Grisólia Filho